
“O resultado da autópsia determinou que a causa da morte foi uma paragem cardio-respiratória provocada por um edema pulmonar que teve origem numa cardiopatia pré-existente”, revelou este sábado o juiz responsável pelo inquérito, Manuel Alvarez.
Manuel Alvarez indicou que o médico legista verificou um aumento do músculo cardíaco durante a autópsia e defendeu que as condições em que o rali é disputado contribuíram para a morte do piloto francês.
“Ou houve negligência por parte do concorrente numa situação de emergência, ou houve uma organização desastrosa que não previu uma série de situações”, sublinhou o juiz.
Para salvar Terry bastava que o sistema de segurança da prova tivesse funcionado. Todos os veículos têm um localizador (Iritrack) e um sistema de pedido de Socorro (Balise) que funcionam via satélite. O piloto fez um pedido de socorro, recebido no posto de controlo em Paris às 20h13, de 2ª feira, (hora de Lisboa), mas a direcção da corrida só foi avisada na manhã seguinte. "O nosso sistema funcionou durante anos. Vamos criar uma comissão de inquérito para descobrir onde é que a comunicação falhou", admitiu LavigneDesaparecido na segunda etapa do Dakar, no passado domingo, Pascal Terry foi encontrado sem vida na terça-feira.
O motociclista francês Pascal Terry, 49 anos, participante do Rally Dakar de 2009, foi encontrado morto na madrugada de terça-feira para quarta-feira, informaram fontes da organização.
Terry, que participava pela primeira vez do Rally Dakar, era procurado desde domingo, durante a segunda etapa da competição, entre as cidades de Santa Rosa e Puerto Madryn.

"O piloto estava em um local de acesso muito difícil, em meio a uma vegetação muito densa, a 15 metros da moto. Ele havia retirado o capacete e se refugiado à sombra, com alimentos encontrados perto dele", afirma um comunicado dos organizadores.
A polícia e a Justiça da província de La Pampa iniciaram uma investigação para determinar as causas da morte. Este foi o primeiro acidente fatal da 30ª edição do Dakar.
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